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CASA da PRAÇA

APRESENTAÇÃO

A Casa da Praça é um espaço de dança e disseminação do Bailarino-Pesquisador-Intérprete (BPI), um método de formação, pesquisa e criação em artes da cena, em especial a dança. Foi fundada pela bailarina-pesquisadora-intérprete, professora e produtora cultural Mariana Floriano, no ano de 2022, inicialmente em plataformas online. No ano de 2023, após uma ampliação em sua residência, a artista e produtora cultural, inaugura a sede da Casa da Praça no Recreio Anhanguera, bairro do extremo leste de Ribeirão Preto (SP). Um pequeno bairro, descentralizado, beirando a zona rural e as plantações de cana-de-açúcar, composto por pouco menos de 10 ruas principais, sendo somente 4 delas com casas residenciais, cercada por empresas de pequeno porte, incluindo uma Boate Noturna. Um pequeno bairro que acolhe três comunidades, com caráter de ocupação, nas margens da plantação, sem associação de moradores e outros equipamentos artísticos-culturais, com apenas uma escola municipal, duas instituições religiosas e alguns negócios dos moradores locais. Um bairro que acolhe crianças, adolescentes, adultos e pessoas idosas, sendo algumas em situação de vulnerabilidade e prostituição, assim como trabalhadores das empresas.

Enquanto moradora do bairro, a artista observou as crianças, mulheres e pessoas idosas que frequentavam a praça e seus arredores, mas também observou como ela era ocupada por apenas uma pequena parcela dos moradores do bairro, talvez pela sua infraestrutura precarizada, ou talvez pela falta de aproximação e vínculo com esse local. E com o desejo antigo de implementar um espaço de dança em sua casa, surge a Casa da Praça, que visa contemplar a aproximação do espaço interno da casa com o espaço externo, criando trilhas de ações que mobilizem dentro e fora, em um sentido ampliado.

 

dentro e fora da casa

dentro e fora de si

 

Tendo como ponto de referência o Método BPI, as ações da casa serão conduzidas por meio de três trilhas norteadoras:

  1. Dança – trilha que orienta os trabalhos artísticos dos profissionais da casa, assim como os trabalhos de formação com os moradores do bairro (em especial as crianças, adolescentes, mulheres e idosos) e com o público de fora da região. Envolve as seguintes ações: criação e temporadas de obras de dança, cursos de longa duração, oficinas de curta duração.

  2. Observatório – trilha que orienta os trabalhos reflexão e registro das práticas e dos impactos dos projetos desenvolvidos pela casa. Envolve as seguintes ações: pesquisas acadêmicas, mapeamentos e diagnósticos, palestras e bate-papos, publicação de artigos, vídeos documentais, relatórios anuais, boletins informativos, manutenção de acervo audiovisual.

  3. Comunidade – trilha que orienta a ocupação dos espaços do bairro, o diálogo com os moradores, seja ou não beneficiados pelos cursos e oficinas do primeiro eixo, e as empresas do entorno. Envolve as seguintes ações: eventos na praça e em outros espaços do bairro, consultas à comunidade, contratação de prestadores de serviços locais (como marceneiros, costureiras, serviços gerais, entre outros) e o relacionamento com as empresas da região.

Contato

casadapraca.danca@gmail.com

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No ano de 2022, a Casa da Praça foi contemplada com um edital municipal – Edital Encantos do Fundo Municipal de Cultura de Ribeirão Preto – no qual pode realizar uma ampla Pesquisa de Campo junto as Companhias de Folias de Reis da Região Metropolitana de Ribeirão Preto. Dentre as diversas funções e personagens deste festejo, a Pesquisa de Campo teve como foco as matrizes de movimento, o campo simbólico e a atuação dos Palhaços (conhecidos também como Bastião ou Alferes). A pesquisa foi documentada e resultou na produção de uma websérie documental intitulada “No Meio do Caminho – a jornada do bastião”, disponível no Youtube.

No Método BPI, a pesquisa de campo é uma etapa importante para a instauração de novos processos artísticos, em que o bailarino é convidado a entrar em contato com o outro, sair de um ensimesmamento e dos espaços convencionais da dança, refletir sobre esta experiência, percebendo a si e o outro na vivência de campo, promovendo uma experiência de alteridade e de ampliação do referencial de dança. É com esse corpo ampliado que o processo de criação artística se desenvolve.

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